Há muito tempo, existem discussões acerca do que une ou separa a Ciência da Religião.

Num primeiro momento, tendemos a achar que sejam excludentes. A Ciência tenta entender como funciona o mundo enquanto a Religião fala sobre o espírito do homem e suas questões existenciais.

Mas, em determinado momento da vida, começamos a questionar quem somos e para onde vamos. Assim, começamos a perceber que não é possível observarmos o ser humano apenas sob a ótica científica. Estas perguntas nos fazem ficar frente a frente com o imaterial, com o misterioso.

Einstein dizia que “o questionamento científico é o engajamento com o mistério”. E tanto a Ciência quanto a Religião se beneficiam da dúvida, pois ela é essencial para a existência.

Religião vem de “religare” do latim e significa “se reconectar”. Como enxergamos uma parte muito pequena do mundo, a Ciência tenta ampliar a nossa visão, para que entendendo melhor o mundo, possamos entender a nós mesmos. Quando aumentamos um pouquinho as nossas lentes do entendimento, como nos propõe a Ciência, começamos aa enxergar as profundas ligações entre as duas.

Ainda, segundo Einstein, “a ciência sem a religião é manca, a religião sem a ciência é cega”.

Se assumirmos uma postura radical, fechamos inúmeras possibilidades e deixamos de perceber que as duas nos proporcionam uma linda viagem ao desconhecido!

A Espiritualidade, pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa. Num sentido mais amplo, pode ser definida como uma “propensão humana a buscar significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio”. Ou este conceito seria de Ciência?

Talvez este momento histórico de pandemia que estamos vivendo seja o momento exato de unirmos Ciência e Espiritualidade, e de deixarmos o valor individual de cada uma se fundir para que possamos integrar corpo, mente, emoções e espírito.

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