O Artigo “How to Live with Risks”, publicado na Harvard Business Review de julho-agosto/2015, apesar de não ser tão atual aborda pontos que ainda são desafiadores para o gerenciamento (adequado) de riscos, especialmente em momentos de crise.
Os pequisadores citam que há um problema em “gerenciar riscos retrospectivamente”, uma vez que à medida que as memórias de recessão desaparecem, os líderes passam a temer que as políticas de gerenciamento de riscos estejam impedindo o crescimento das empresas e, consequentemente, gerando lucros sem muitos ganhos. Adicionalmente, 60% dos entrevistados acham o processo de tomada de decisão muito lento, em parte pelo foco excessivo – e errado, uma vez que as áreas de controle gastam mais tempo em riscos de relatórios financeiros, legais e de conformidade, mesmo que a maioria das grandes perdas em valor de mercado ocorra devido a riscos estratégicos mal administrados – na prevenção de riscos:
Assim, foram listadas três melhores práticas para avaliar e gerenciar riscos:
(a) Encontrar o equilíbrio certo entre “risco” e “recompensa”: o gerenciamento de riscos com o papel de ajudar as empresas a determinar e esclarecer o seu apetite pelo risco, bem como a comunicá-lo de maneira efetiva a fim de orientar a tomada de decisões;
(b) Concentrar-se nas decisões, não no processo: muitos associam o gerenciamento de riscos a trabalhos orientados à conformidade, como testes anuais de segurança de TI. Embora a segurança cibernética seja importante, esses exercícios não necessariamente reduzem riscos. Nesse ponto os pesquisadores citam o exemplo do então Diretor Sênior de Gerenciamento de Riscos Estratégicos da Lego, que é incluído em todas as decisões que envolvem capital acima de um determinado valor – “trata-se menos de listar riscos de uma maneira restrospectiva e mais de escolher o portfólio certo de projetos arriscados”;
(c) Fazer dos funcionários a primeira linha de defesa: decisões são tomadas por pessoas, e nem sempre há um executivo sênior de riscos presente quando são tomadas. Daí a necessidade de melhorar a capacidade dos funcionários de incorporar níveis adequados de risco ao fazer escolhas – isso pode começar no processo de seleção, uma vez que admitir pessoas com aptidão para a avaliação de riscos provavelmente reduz a necessidade de treinamento e/ou correções futuras.
Em resumo, o objetivo é tirar a gestão de riscos de uma posição ou função periférica para uma posição ou função com voz integrada ao cotidiano estratégico das organizações. Usá-la como um escudo para tomada de decisão, não como “freio”.
E pra você, pra sua empresa, isso faz sentido?
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ISABELA DAGUER BRAGA
Isabela Daguer Braga é consultora especialista em GRC (Governance, Risk Management & Compliance), designer e aspirante à mestranda. Mineira de belo horizonte, orgulhosamente parte de uma família que sempre incentivou a busca por desenvolvimento – pessoal, intelectual e profissional. Acredita que conhecer é bom, mas se autoconhecer é melhor ainda, e que sem verdades absolutas a vida tem mais graça.
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